Entre as tendas e as estrelas

Entre o perfume do pinho e o crepitar da fogueira

teus olhos buscaram os meus,

silenciosos como o céu antes da aurora.

Rimos entre as cordas das barracas,

andamos por trilhas de musgo

enquanto a noite nos envolvia em mistério.

Cada palavra era uma centelha,

cada gesto um pequeno universo

que só nós podíamos entender.

Mas o vento conhece verdades antigas:

nossos mundos permanecem distantes,

estradas que jamais se cruzarão.

Assim, teu sorriso fica em minha pele

como o eco de um sonho breve,

e a lembrança do teu toque

brilha como brasa que não vira fogo.

Sob as mesmas estrelas

que nos viram nascer e separar,

guardo teu nome em silêncio—

um segredo que a floresta guardará.